sábado, 10 de agosto de 2013

Deuses de chifres



       Os deuses de chifres eram comuns na Mesopotâmia, tanto na Babilônia quanto na Assíria. A cabeça de cobre encontrada em uma das tumbas de ouro de Ur é muito antiga; talvez seja anterior até à Primeira Dinastia egípcia. É mais ou menos metade da cabeça de tamanho natural, e o estilo e perícia artesanal mostram um estágio avançado da forja de metais. Os olhos foram originalmente incrustações de calcário ou concha no lugar do branco do olho, e lápis-lazúli no lugar da íris. A cabeça tem dois chifres, um número que num período ligeiramente posterior indicaria que seu usuário era uma divindade inferior, pois, durante muitos séculos, a posição de uma divindade no panteão babilônico era indicada pelo número de chifres que usava. Os grandes deuses e deusas tinham sete chifres, que é a razão pela qual se diz que o Cordeiro divino do Livro da Revelação tem sete chifres. As divindades de dois chifres da Babilônia são tão numerosas que é provável terem sido originalmente as divindades dos habitantes primitivos, que tiveram de assumir um lugar inferior quando os grandes deuses foram introduzidos; estes últimos receberam mais chifres do que seus congêneres menos importantes para mostrar sua posição superior. Os chifres eram um sinal de divindade.
Fonte: O Deus das Feiticeiras (Livro) - Margaret Alice Murray




Por: Sílvia Andréia


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